Na Sombra do Holocausto

e Apple Livros

1 € + IVA

e Amazon Kindle

no prelo

e Kobo

1 € + IVA

e Nook B&N

1 € + IVA

e Vivlio

1 € + IVA

e Fable

1 € + IVA

e Palace

empréstimo

e Baker & Taylor, Borrowbox, Cloud Library, Odilo, Over Drive

empréstimo

pod Amazon.com

no prelo

pod Livraria Térmita, Porto

3,75 €

pod Livraria Tigre de Papel, Lisboa

4,30 €

pod Gráfica Digital, Lisboa

4,30 €

M. Gessen

Na Sombra do Holocausto

Da Palestina e dos Mandatos da Consciência

Ao analisar a cultura memorialista dedicada ao Holocausto dos judeus na Alemanha, Masha Gessen observa como o Estado alemão, sob imperativo da consciência e da expiação, passou a adoptar medidas legislativas «para proteger as vidas dos judeus da Alemanha», perseguindo posições ou declarações de antissemitismo. Observa ainda como, a partir de 1990, com as obras, os grandes e pequenos monumentos, os museus de Berlim, a intenção original se cristalizou e imobilizou numa imagem «dogmática» da memória e da história. É o caso da obscura definição de antissemitismo da IHRA e das medidas de combate ao mesmo, que, ainda que desprovidas da força de lei, manifestam sérios equívocos sobre o que se entende e preconiza, ao considerar como antissemitas tanto declarações que «des-singularizam o Holocausto» como críticas ao Estado de Israel. Ocorre, por esta via, que a apropriação oportunista e cínica da extrema-direita, delas se serve para inflamar os discursos populistas contra os migrantes e os muçulmanos, e censurar a ação de artistas e manifestantes judeus.

Neste contexto de ambiguidade, o/a autor/a, a partir da sua própria condição de descendente de judeus na Polónia, descreve e analisa os usos contraditórios e desviantes da memória do Holocausto, recorrentes na prática do exercício político e diplomático, que junta as posições do governo israeleneses com as dos europeus. Mas é sobretudo quando compara a situação vivida no gueto de Varsóvia com o «gueto» de Gaza, que irrompe o motivo da sua crítica, ao considerar a cultura memorialista do Holocausto na Europa como um dos meios políticos responsável por turvar e ofuscar o mundo ocidental sobre o que verdadeiramente se passa na Palestina.

Masha Gessen

M. GESSEN nasceu em 1967, em Moscovo. É jornalista russo-americana, autora, tradutora e ativista. Foi jornalista científica e editora da popular revista russa de ciência Vokrug sveta, tendo escrito sobre a SIDA, a genética médica e a matemática. Escreve sobre os direitos LGBT+ e é descrita como «a principal ativista dos direitos LGBT+ da Rússia», fazendo parte do Conselho da Triangle. Desde 2013, após a violência desencadeada pela lei russa de propaganda anti-gay, passou a viver e a trabalhar em Nova Iorque. Publica principalmente em inglês, mas também em russo. É autora de onze livros, incluindo Surviving Autocracy e The Future Is History. How Totalitarianism Reclaimed Russia, que ganhou o National Book Award em 2017. Tem contribuído de forma prolífica para inúmeros jornais diários e revistas, tais como New York Times, New York Review of Books, Washington Post, Los Angeles Times, New Republic, New Statesman, Granta, Slate, Vanity Fair, Harper’s Magazine, New Yorker e US News & World Report. Foi tradutora no drama histórico do canal de TV FX, «The Americans». Desde 2017, trabalha para o New Yorker. Recebeu o Prémio Hannah Arendt for Political Thought da cidade de Bremen, em 2023.